[EXTERIOR] Jardim do Labirinto

Segui atrás de William e parei junto das raparigas. Não iria arriscar ir procurar por elas sabendo que eu poderia acabar perdido.

Segui atrás deles, mas mantendo-me fora do assunto. Vi algumas garrafas encostadas a um canto, duas raparigas e um monte de nervosismo. Bem, aquilo iria ser bonito.

Assenti com o que ela disse e depois olhei para as mãos de ambas.
-Eu já conheço muito bem o ar delas.-procurei o Dom com o olhar e aproximei-me dele.-Consegues ouvi-las?

Sem dizer uma palavra, anui positivamente.
Elas estavam divertidas, alheias ao que acontecia. Ouvia-as como se tivessem ao meu lado.

-Há a possibilidade de ires procurar? Sei que te custa procurar a minha irmã mas...-pedi-lhe com toda a educação. Eu não poderia ir porque iria acender uma pequena fogueira junto das duas raparigas que ali estavam pois a noite estava fresca.

Suspirei fundo.
Queria responder-lhe com sinceridade, mas estávamos em público. 
- Claro, sua alteza. - Anui, seguindo para o labirinto.

- Eu também posso ajudar. - Ofereci-me. - Acho que consigo encontrar uma delas utilizando o meu dom. Talvez a Lady Lisa, dado que já tive o privilégio de a conhecer.

Agradeci e dirigi-me até às raparigas enquanto me concentrava em acender a fogueira.

Dirigi-me até uma das garrafas e peguei nela.
- Vou precisar disto. - Disse para mim mesmo, bebendo um bom gole. Depois, imaginei a Lisa. Aqueles grandes olhos azuis e os seus longos cabelos castanhos. Desejei partilhar com ela a minha luz, dourada e quente como o sol no verão. Assim que a minha luz formou-se ao seu redor, comecei a andar em frente, procurando a minha luz.

Rapidamente cheguei junto dela, seguindo o bater do seu coração jovem. Cada batimento era único. Alguns eu conhecia tão bem. O dela era um deles. Sempre rápido e alucinante.
- Katherine. - Chamei, tentando fazê-la parar. 
Eu podia facilmente pará-la, mas sabia que isso iria irritá-la ainda mais.

Estava divertida a correr entre risos e bebida quando ouvi uma voz masculina já minha conhecida. Nic... Ele estava atrás de mim.
Parei, desanimada, sabendo que se ele ali estava era porque o William já sabia que tinha saído e tinha-lhe pedido para vir buscar-me. O Dominic nunca viria por vontade própria.
Virei-me para o encarar e ele rapidamente se juntou a mim.
Estendi as mãos, em rendição, quase como se esperasse por umas algemas.
- Leva-me de volta para a minha cêmara de tortura. - Respondi teatral, deixando-me levar pelo álcool, pela adrenalina e pela sua presença rude e masculina.

Continuei a caminhar por ali e a beber. Quando fui reparar sentia uma luz à minha volta o que me fez rir ainda mais.
-Olha para isto agora!-exclamei enquanto me dobrava de tanto rir, aquela garrafa fazia realmente magia.

Revirei os olhos, mirando-a.
- Não sejas dramática. Sabes que não te vou levar ao arrastão nem tenho interesse em fazê-lo. - Disse. - Mas seria agradável se viesses pelo teu próprio pé. O William ficaria agradecido e pouparias outro sermão por parte dos teus pais, que ainda não se aperceberam que saíste. 

Lisa White escreveu:Continuei a caminhar por ali e a beber. Quando fui reparar sentia uma luz à minha volta o que me fez rir ainda mais.
-Olha para isto agora!-exclamei enquanto me dobrava de tanto rir, aquela garrafa fazia realmente magia.

Demorei um pouco a chegar até ela, mas assim que comecei a aproximar-se, ouvia rir-se. Estava completamente bebada, que engraçado.
Cheguei por detrás dela e bebi mais um pouco. Suguei a luz para a minha mão e senti uma alegria enorme quando a luz percorreu o meu sangue. Aquilo sim, dava-me vida.
Quando o fiz, reparei logo o quanto o ambiente ficou mais escuro, com apenas umas luzes suaves dos candeeiros. Não gostava do escuro, pelo que tratei logo de criar uma bola de luz dourada, que me seguiu.
- Folgo em vê-la tão divertida.

Dominic Underwood escreveu:Revirei os olhos, mirando-a.
- Não sejas dramática. Sabes que não te vou levar ao arrastão nem tenho interesse em fazê-lo. - Disse. - Mas seria agradável se viesses pelo teu próprio pé. O William ficaria agradecido e pouparias outro sermão por parte dos teus pais, que ainda não se aperceberam que saíste. 

- Niiiic... - Disse, arrastando o seu nome de forma sensual, enquanto me agarrava ao seu pescoço. Nunca ousaria fazer aquilo. Nem gostava sequer de respirar o ar que ele respirava. Mas aquilo iria ser divertido. - Tens de relaxar. Soltar-te. Viver a vida. Se fores sempre assim azedo, nunca encontrarás alguém que suporte viver ao teu lado.

A luz desapareceu e tornou-se numa bola. Olhei para ver de onde vinha aquilo tudo e quando vi o outro engraçadinho suspirei. Abanei a garrafa e sentei-me no chão.
-E eu a pensar que ela fazia milagres.

Afastei os seus braços de mim e coloquei logo alguns passos de distância. Ela estava bêbada, mas não o suficiente para aquilo. Ela queria era fazer troça de mim e isso eu não permitiria.
- Não se rebaixe, Princesa. - Disse, assumindo um tom duro e formal. Fi-lo para tentar esconder a irritação que se formava nas veias. Ela conseguia ser impossível, uma criança. - E em vez se preocupar com a minha vida amorosa, devia preocupar-se com a sua.

Lisa White escreveu:A luz desapareceu e tornou-se numa bola. Olhei para ver de onde vinha aquilo tudo e quando vi o outro engraçadinho suspirei. Abanei a garrafa e sentei-me no chão.
-E eu a pensar que ela fazia milagres.

Ri.
- E faz. Se eu tivesse bebido o suficiente, achar-te-ia mais tolerável. Infelizmente, alguém interrompeu a diversão antes disso acontecer e decidiu fazer das suas. Tenho a dizer, foi giro e divertido. Mas falta música e, para quem falou em boa companhia, pareces-me muito sozinha agora.

Dominic Underwood escreveu:Afastei os seus braços de mim e coloquei logo alguns passos de distância. Ela estava bêbada, mas não o suficiente para aquilo. Ela queria era fazer troça de mim e isso eu não permitiria.
- Não se rebaixe, Princesa. - Disse, assumindo um tom duro e formal. Fi-lo para tentar esconder a irritação que se formava nas veias. Ela conseguia ser impossível, uma criança. - E em vez se preocupar com a minha vida amorosa, devia preocupar-se com a sua.

Olhei-o aborrecida. Iria ser desta. Iria discutir, mas tirar tudo a limpo.
- O que é que eu te fiz de mal? O quê que te aborreceu tanto para me detestares e tratares tão mal? - Perguntei. - O William é o menino perfeito. O príncipe herdeiro. Já eu sou a ovelha negra, o desgosto, a rebaixada. É por isso que me detestas? Por não ser a menina perfeita? Por não ser a herdeira deste grandioso reino que tanto desdenhas? - Atirei para o ar, passada. - Juro que não percebo o que fiz para não chegar aos calcanhares do senhor Dominic Underwood. - Continuei. - E o que queres dizer com isso? A minha vida amorosa está bem como está.

James Eastwood escreveu:
Ri.
- E faz. Se eu tivesse bebido o suficiente, achar-te-ia mais tolerável. Infelizmente, alguém interrompeu a diversão antes disso acontecer e decidiu fazer das suas. Tenho a dizer, foi giro e divertido. Mas falta música e, para quem falou em boa companhia, pareces-me muito sozinha agora.

Olhei para ele com um olhar reprovador.
-Mais vale sozinha do que mal acompanhada!-retorqui.-E eu estava bem acompanhada, as outras é que se perderam.
Bebi um pouco e voltei-me para ele.
-Mas se tu te importas tanto com música e boas companhias devias voltar para o baile. Ninguém te convidou para vires aqui.

Katherine Hale escreveu:Olhei-o aborrecida. Iria ser desta. Iria discutir, mas tirar tudo a limpo.
- O que é que eu te fiz de mal? O quê que te aborreceu tanto para me detestares e tratares tão mal? - Perguntei. - O William é o menino perfeito. O príncipe herdeiro. Já eu sou a ovelha negra, o desgosto, a rebaixada. É por isso que me detestas? Por não ser a menina perfeita? Por não ser a herdeira deste grandioso reino que tanto desdenhas? - Atirei para o ar, passada. - Juro que não percebo o que fiz para não chegar aos calcanhares do senhor Dominic Underwood. - Continuei. - E o que queres dizer com isso? A minha vida amorosa está bem como está.

Não consegui ter reação perante a explosão dela. Eu não a detestava. Achava-a mimada e não a suportava. Tinha tudo e desdenhava tudo. Sentia que ela achava-se a dona do mundo e, mais uma vez, provou o que eu achava. Foca-se nela e apenas nela.
- Pára de ser egocêntrica. O mundo não gira à tua volta. - Disse-lhe, igualmente exaltado. Como é que a rapariga podia irritar todos os nervos do meu corpo? - Eu não te odeio. Eu não quero saber dos teus títulos ou riquezas. Tanto me faz se és herdeira ou não seja do que for. Se acho que o William será um excelente governante? Acho ! Mas isso não te envolve em nada. Sou amigo do William porque gosto dele e respeito-o. Mas isso não te envolve em nada. Tu és indiferente para mim. Passas-me ao lado. Mas decides constantemente infernizar-me. Porquê? Questiono-me disso às vezes, mas não me interessa. E antes que continues com cenas tristes, eu sei o meu lugar. Sou um simples plebeu e tu és a princesa. Eu sou inferior a ti. Por alguma razão, tu é que decidiste que eu não penso assim. - Respirei fundo, tentando acalmar-me. - Não quero dizer nada. A tua vida amorosa não me diz respeito, tal como a minha também não é do teu interesse. - Continuei. - E agora, podemos ir?

Lisa White escreveu:
Olhei para ele com um olhar reprovador.
-Mais vale sozinha do que mal acompanhada!-retorqui.-E eu estava bem acompanhada, as outras é que se perderam.
Bebi um pouco e voltei-me para ele.
-Mas se tu te importas tanto com música e boas companhias devias voltar para o baile. Ninguém te convidou para vires aqui.

- Verdade. - Concordei. - Mas o Príncipe gostaria que sua excelência se fizesse presente noutro lugar. Aparentemente, alguém pode arranjar problemas se continuar aqui. - Disse, bebendo.
E, falando a sério, queria sair dali. Detestava sítios escuros.

James Eastwood escreveu:
- Verdade. - Concordei. - Mas o Príncipe gostaria que sua excelência se fizesse presente noutro lugar. Aparentemente, alguém pode arranjar problemas se continuar aqui. - Disse, bebendo.
E, falando a sério, queria sair dali. Detestava sítios escuros.

Suspirei quando falou no William. Olhei para a sua garrafa e resmunguei enquanto tentava levantar-me.
-Uns podem fazer o que quiserem e outros nada.

Dominic Underwood escreveu:Não consegui ter reação perante a explosão dela. Eu não a detestava. Achava-a mimada e não a suportava. Tinha tudo e desdenhava tudo. Sentia que ela achava-se a dona do mundo e, mais uma vez, provou o que eu achava. Foca-se nela e apenas nela.
- Pára de ser egocêntrica. O mundo não gira à tua volta. - Disse-lhe, igualmente exaltado. Como é que a rapariga podia irritar todos os nervos do meu corpo? - Eu não te odeio. Eu não quero saber dos teus títulos ou riquezas. Tanto me faz se és herdeira ou não seja do que for. Se acho que o William será um excelente governante? Acho ! Mas isso não te envolve em nada. Sou amigo do William porque gosto dele e respeito-o. Mas isso não te envolve em nada. Tu és indiferente para mim. Passas-me ao lado. Mas decides constantemente infernizar-me. Porquê? Questiono-me disso às vezes, mas não me interessa. E antes que continues com cenas tristes, eu sei o meu lugar. Sou um simples plebeu e tu és a princesa. Eu sou inferior a ti. Por alguma razão, tu é que decidiste que eu não penso assim. - Respirei fundo, tentando acalmar-me. - Não quero dizer nada. A tua vida amorosa não me diz respeito, tal como a minha também não é do teu interesse. - Continuei. - E agora, podemos ir?

Quando finalmente ambos respirávamos para nos acalmar, apercebi-me que nos aproximamos durante a discussão acesa. Estávamos quase colados. Ergui os olhos até aos seus e, inconscientemente, beijei-o.
Eu sei, sou parva. Eu detesto-o, ele detesta-me. Mas alguma força invisível puxou-me para ele.
Agarrei-me ao seu pescoço e simplesmente derreti-me nos seus braços, beijando-o com uma chama intensa.
Eu sei, só podia ser o álcool e a adrenalina, mas naquele momento não queria saber. Meus deuses, como ele era intenso.

Quando os seus lábios atacaram os meus, senti-me completamente desarmado. Congelei no lugar, sem saber o que fazer. No entanto, rapidamente deixei-me levar por ela, quase como se uma electricidade nos unisse.
Entrelacei os meus braços ao redor da sua cintura, intensificando aquele momento. Ela era fogo, ela era calor, ela era toda um mistura de electricidade e eu devia afastar-me. Ela era a irmã mais nova do William. Ela era uma menina mimada.
E, ainda assim, naquele momento, ela parecia uma mulher.